Olhei para ti à muito tempo atrás e soube que era amor desde o momento em que senti o coração aos pulos e as famosas borboletas na barriga.
Soube que era amor desde a noite em que queria dizer que te amava, mas nunca cheguei a dizer.
Apercebi-me que estava apaixonada por ti quando os meus olhos percorriam a escola inteira à tua procura, apenas para puder ver o teu sorriso.
Percebi que o que sentia não era só amizade no momento em que uma mensagem tua conseguia colocar-me um sorriso na cara e tornar o meu dia muito melhor. Sempre que falava contigo os meus olhos não paravam de brilhar.
Fazias-me sorrir sem sequer saberes. Estava loucamente apaixonada por ti, mas ninguém via isso, nem mesmo tu. Amei-te em silêncio, como algo que passa a vida inteira no escuro com medo de sair de lá e dar de caras com a realidade, neste caso posso dizer que eu tinha receio de dar de caras contigo. Agora pergunto-me tantas vezes "porquê que tinha tanto medo?".
Depois de tanto tempo a questionar-me, finalmente cheguei a uma conclusão. Tinha medo de lidar com a deceção, de talvez não ser correspondida da mesma forma, que não fosse recíproco.
Desejei sempre o teu bem, desejei que tivesses uma vida fantástica e que fosses bastante feliz. Queria que fosses feliz, mas no meio disto tudo eu não conseguia ser...
Nunca dei parte fraca, não demonstrei que estava infeliz e também nunca te disse o que tinha sentido por ti.
Quis a tua felicidade acima de tudo, talvez até mais que a minha própria felicidade.
Tu não tens noção do quanto gostei de ti, não fazes sequer a mínima ideia, mas um dia contar-te-ei isto muito melhor e com todos os pormenores.
Achava que sabia o que era o amor, mas só o fiquei a conhecer quanto te conheci a ti. Parecias um raio de sol nos dias cinzentos, que tornava o meu dia perfeito.
Dava por mim a pensar em ti e imaginava mil e um momentos ao teu lado.
Deixava todos os outros para falar contigo, só tinha olhos para ti e tu não vias isso.
Ficava acordada até mais tarde para falar contigo só mais uns minutos. Quando passava por ti corava por me deixares envergonhada e tu nem sequer fazias nada demais, bastava olhares para mim...
Perdia-me no tempo ao perder-me em ti.
Se aquilo não era amor, então não sei o que era...
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