Tudo começou naquela noite em que bates-te à minha porta e eu vim abrir. Trazias uma rosa e deste-ma dizendo "preciso que venhas comigo a um sítio", fiquei perplexa a olhar para ti, mas acabei por dizer "vou vestir outra roupa, entra".
Entraste em minha casa e foste-te sentar no sofá, subi as escadas e fui para o meu quarto para trocar de roupa. Desci as escadas uns minutos depois e enquanto as descia reparei que ainda estavas no sofá.
Disse-te que ia colocar a rosa numa jarra e que depois podíamos ir embora. Fui à cozinha, peguei numa jarra e enchia-a com água e depois coloquei a rosa lá dentro.
Voltei para a sala, agarrei-te na mão sem dizer nada e saímos de casa.
Entramos no teu carro e guiaste até ao lugar onde me querias levar. Não me disseste onde íamos, aliás não disseste nenhuma palavra desde que entramos no carro, mas enquanto percorríamos a estrada apercebi-me que me estavas a levar à praia.
Porquê que me estarias a levar para a praia naquele momento? Já passava das onze horas, era quase meia noite e estava um pouco frio, por isso, não percebi porquê que íamos para a praia.
Quando paraste o carro, deste meia volta e foste abrir-me a porta. Saí do carro e caminhamos até estarmos perto do mar, sentamo-nos na areia, agarraste-me na mão e olhaste-me nos olhos. Confesso que me senti um pouco envergonhada, porém depois passou. Desvias-te o olhar, tiras-te o casaco, colocaste-o na areia e disseste para me deitar. Deitei-me na areia, colocando a cabeça no teu casaco e reparei que também te deitaste. Quando olhei para o céu percebi porquê que me tinhas levado para ali. Vi um céu inundado de estrelas e mais estrelas, era tão bonito. Olhei para ti, tu olhaste para mim e eu beijei-te debaixo de todo aquele brilho que o céu tinha por causa das estrelas. Naquele momento e naquele sítio, eu tive novamente a certeza de que te amo. Nunca ninguém me tinha feito uma surpresa daquelas, por isso, senti-me uma sortuda...
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