Hoje acordei mais cedo do que o habitual, mas não me levantei logo. Passei cerca de dez minutos deitada a olhar para o teto do quarto e pensar em tudo e ao mesmo tempo em nada. Passado esses dez minutos sentei-me na cama e desta vez olhei para a janela e reparei que pelas frinchas da persiana já entrava alguma luz que iluminavam uma parte do meu quarto e que me ajudavam a combater o escuro que ainda existia. Passado mais algum tempo lá arranjei forças para me leventar, fui direta à casa de banho e tomei banho com a água quase gelada para que pudesse ficar ainda mais acordada do que já estava. Depois vesti-me, fui tomar o pequeno-almoço e voltei para o quarto. Sentei-me novamente na cama e tentei perceber o que estava a passar-se comigo. Desde o segundo em que tinha acordado até aquele exato momento sentia-me diferente, não sei explicar em que sentido me sentia dessa forma, mas se há coisa que sei é que sentia que me faltava alguma coisa, que estava incompleta, porém não sabia o quê que podia preencher esse espaço. Já passaram mais de seis horas desde aquele momento em que me senti daquela maneira, mas a verdade é que ainda não cheguei à conclusão do quê que me faltava e continua a faltar...
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