Á Espera

Não sei que fazer. Os pensamentos são cada vez mais e não me dão nem um bocadinho de paz nem descanso. Ele disse-me que passou a tarde quase toda à procura daquilo, mas não existem indícios nenhuns de que realmente o fez. Hoje é o último dia. Não posso ter a tal conversa séria sem isto, não posso mesmo. Talvez ele pense que estou a fazer um escândalo gigantesco em relação a isto, porém se ele estivesse no meu lugar ou se sequer me entendesse iria perceber o quão importante e significante isto é para mim. É algo de que necessito para tentar avançar em frente, para deixar este pensamento arrumado numa gaveta do passado. Sem aquilo também não irei falar com ele porque lá está, não iria adiantar de nada ter aquela conversa com algo a atormentar-me tanto. Tem de existir, "toda" a gente tem aquilo, não é nenhum fantasma, por isso, alguém tem de ter conhecimento sobre o paradeiro dela.
Acho que ele me voltou a mentir ontem, não fez foi absolutamente nada e hoje também não fará, dir-me-á que o fez e que não encontrou nada sendo que isso será mentira, não o fará por não querer, para a proteger mais uma vez como se já não bastasse da primeira vez. Não o fará porque não tem noção das coisas, pensa que não me irei embora, que irei continuar aqui como se nada tivesse acontecido, no entanto, se me ouvisse verdadeiramente, se se importasse realmente com tudo isto, se tentasse pelo menos entender-me e se me amasse tanto como ele diz, então, fá-lo-ia sem pensar duas vezes, por se importar com aquilo que me magoa e me atormenta dia após dia e, acima de tudo, por me amar. Não sei se me estou a conseguir expressar tão bem como pretendo, mas espero que sim. Irei continuar à espera até à meia noite do dia de hoje ou, pelo menos, até ás quatro da tarde do dia de amanhã e já estou a dar um bônus porque o derradeiro dia deveria ser hoje.
Preciso de desabafar sobre tantos outros assuntos que nem sei por onde começar, contudo, agora não quero escrever mais nada, talvez num próximo texto, mas neste não.