Acordei com a luz a entrar pela janela, olhei para o lado e não te vi.
Onde te havias metido?
Fui até à cozinha e lá estavas tu a fazer o pequeno-almoço para nós.
Fui ter contigo, disse bom dia e beijei-te.
Só aí me apercebi de como as coisas estavam a acontecer tão depressa entre nós. Tinhas passado a noite em minha casa, tomaste a iniciativa de ir fazer o pequeno-almoço e mal acordei fui logo beijar-te, como se nos conhecêssemos á imenso tempo. Nem sequer éramos namorados e as coisas já estavam desta maneira...
O mais engraçado é que nada estava a ser forçado, acontecia tudo tão naturalmente.
Estava a gostar mesmo de ti e sentia que tu também partilhavas o mesmo sentimento, o que era bastante bom.
Apetecia-me passar o dia todo em casa, contigo...mas não podia. Ou será que podia?
Tomamos o pequeno-almoço e voltamos para o sofá.
O cobertor que nos tinha coberto na noite anterior encontrava-se agora no chão.
Encostei-me a ti, deitei a minha cabeça no teu peito e ficamos em silêncio.
De vez em quando olhava para ti e sorria. Sorria simplesmente, sem nenhuma razão aparente.
Tu com esses teus lábios, que já conheciam tão bem os meus, formavas o mais lindo sorriso que havia visto e deixavas-me maravilhada.
Por vezes pensava que era uma rapariga sortuda. Qualquer rapariga poderia estar no meu lugar, ao teu lado, mas quem estava era eu e isso fazia-me pensar que era sortuda.
És um rapaz tão único, tão carinhoso, tão romântico.
Não queria que aquele dia acabasse, desejava que nunca mais chegasse ao fim para que não tivesse de te ver ir embora, mais uma vez.
Olhei novamente para ti e perguntei-te se não tinhas nada para fazer, tu respondeste que não tinhas, porém, mesmo que tivesses não irias deixar-me para fazer fosse o que fosse.
Achei bastante querido o facto de teres dito aquilo, mas quero que saibas que quando tiveres algo para fazer podes ir fazê-lo, não há problema e eu não vou ficar chateada contigo.
Quando demos conta já tinha passado a hora do almoço e já eram quase cinco da tarde. É incrível como o tempo ao teu lado passava tão, mas tão rápido.
Fui à coisa buscar qualquer coisa para comermos e voltei para a sala.
Liguei a televisão e ficamos ali até à hora do jantar.
Quando me ia levantar para ir preparar o jantar tu disseste-me que me irias ajudar, eu aceitei a ajuda e fomos os dois para a cozinha.
Passaste mais tempo a distrair-me e a beijar-me do que a ajudar a cozinhar.
Quando jantamos arrumei a cozinha e fui ter contigo à sala.
Chamei-te para vires para o meu quarto.
Tu estavas um pouco reticente, não querias que eu pensasse que estavas a ultrapassar dos limites. Porquê que haveria de pensar isso se eu própria queria que ultrapassasses esses limites!?
Felizmente, consegui convencer-te.
Agarrei a tua mão e puxei-te até ao meu quarto.
Entrei e beijei-te. Beijei-te como nunca te havia beijado antes.
Beijaste-me e guiaste-me até à minha própria cama, onde me deitei e esperei por voltar a ter os teus lábios junto aos meus.
Depois disso, passamos por vários momentos carinhosos e muitas trocas de carinho.
Adormecemos, sem roupa. Somente um lençol nos cobria...
domingo, 27 de agosto de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Uma noite ao teu lado
Ontem à noite não me enviaste nenhuma mensagem, nem acordei com nenhuma...
Sinceramente, estava convicta de que ontem ainda fossemos falar, mas isso não chegou a acontecer.
Nem consegui dormir em condições, ainda por cima estava com uma dor de cabeça horrível.
Talvez tivesses ficado sem bateria no telemóvel ou ainda estivesses a dormir, não fazia a mínima ideia.
Durante o dia andei a tratar de uns assuntos importantes, fui às compras com umas amigas da faculdade e ainda passei pela biblioteca para requisitar uns livros de que preciso para acabar um trabalho.
Andei todo o dia ocupada e distraída, mas uma parte de ti pairou todo o dia no meu pensamento...
Estava curiosa para saber o que se tinha passado, mas além de curiosa, estava também um pouco preocupada.
Será que se tinha passado algo contigo?
Esperava que não, mas toda aquela infinita espera estava a deixar-me preocupada, receosa...
Quando cheguei a casa fui diretamente para o meu quarto, pousei a mala e os livros em cima da secretária e tirei a roupa que havia vestido para sair e vesti uma roupa muito mais confortável.
Estava na hora de jantar, porém, a minha vontade não era nenhuma, por isso, optei por fazer apenas um chá. Depois de feito, liguei a televisão e sentei-me no sofá a ver uns filmes.
Quando dei por mim já eram onze horas, não tinha sono, mas decidi ir deitar-me.
Vesti o pijama, cobri-me somente com um lençol e aconcheguei-me na cama.
Segurava com as minhas mãos o telemóvel, na esperança de que me dissesses algo, mas nada...
Adormeci sem me aperceber, acordei sobressaltada com o telemóvel a tocar, eras tu a ligar-me.
Atendi e com a voz um pouco fraca disse "olá".
Do outro lado da linha ouvi a tua linda voz a dizer-me "olá, desculpa por ontem e hoje não ter dito nada, quero explicar-te tudo...posso ir a tua casa?".
Ainda estava com algum sono, mas mal ouvi as palavras "posso ir a tua casa?", garanto-te que despertei logo!
Sentei-me, encostei-me na cabeceira da cama e respondi-te que sim.
Disseste-me para te enviar a morada por mensagem e desligaste. Assim o fiz.
Passado uns vinte minutos ouvi a campainha e fui abrir a porta. Quando a abri observei-te com uma caixa de chocolates a olhar para mim com esses teus lindos olhos.
Disse para entrares, desculpei-me pelo facto de estar de pijama.
Não disseste nada, porém, estavas a rir, o que me fez perceber que não tinha mal estar assim vestida.
Fomos para o sofá, entregaste-me a caixa que trazias contigo e disseste-me "são para ti". Agradeci-te e coloquei os chocolates na mesa que se encontrava atrás de nós.
Pedi-te para me contares o que tinha acontecido e tu disseste "desculpa não ter dito nada, achava que estava a gostar de ti e queria ter a certeza disso...se não tivesse saudades é porque estaria enganado". Eu perguntei-te "tiveste saudades?" e tu respondeste "estou aqui, o que achas?".
Não consegui pensar em mais nada e beijei-te.
Foi um beijo tão intenso, tão demorado, tão cheio de sentimento...
Afastei-me, talvez tenha sido demasiado precipitada, pensava eu.
Sorriste, como forma de aprovação e voltei a beijar-te.
Estava a ficar tarde e nós continuávamos ali a trocar beijos, até que um de nós puxou o cobertor que estava no outro sofá e o meteu por cima de ambos.
Estivemos um tempo agarrados um ao outro, até que acabamos por adormecer...
Sinceramente, estava convicta de que ontem ainda fossemos falar, mas isso não chegou a acontecer.
Nem consegui dormir em condições, ainda por cima estava com uma dor de cabeça horrível.
Talvez tivesses ficado sem bateria no telemóvel ou ainda estivesses a dormir, não fazia a mínima ideia.
Durante o dia andei a tratar de uns assuntos importantes, fui às compras com umas amigas da faculdade e ainda passei pela biblioteca para requisitar uns livros de que preciso para acabar um trabalho.
Andei todo o dia ocupada e distraída, mas uma parte de ti pairou todo o dia no meu pensamento...
Estava curiosa para saber o que se tinha passado, mas além de curiosa, estava também um pouco preocupada.
Será que se tinha passado algo contigo?
Esperava que não, mas toda aquela infinita espera estava a deixar-me preocupada, receosa...
Quando cheguei a casa fui diretamente para o meu quarto, pousei a mala e os livros em cima da secretária e tirei a roupa que havia vestido para sair e vesti uma roupa muito mais confortável.
Estava na hora de jantar, porém, a minha vontade não era nenhuma, por isso, optei por fazer apenas um chá. Depois de feito, liguei a televisão e sentei-me no sofá a ver uns filmes.
Quando dei por mim já eram onze horas, não tinha sono, mas decidi ir deitar-me.
Vesti o pijama, cobri-me somente com um lençol e aconcheguei-me na cama.
Segurava com as minhas mãos o telemóvel, na esperança de que me dissesses algo, mas nada...
Adormeci sem me aperceber, acordei sobressaltada com o telemóvel a tocar, eras tu a ligar-me.
Atendi e com a voz um pouco fraca disse "olá".
Do outro lado da linha ouvi a tua linda voz a dizer-me "olá, desculpa por ontem e hoje não ter dito nada, quero explicar-te tudo...posso ir a tua casa?".
Ainda estava com algum sono, mas mal ouvi as palavras "posso ir a tua casa?", garanto-te que despertei logo!
Sentei-me, encostei-me na cabeceira da cama e respondi-te que sim.
Disseste-me para te enviar a morada por mensagem e desligaste. Assim o fiz.
Passado uns vinte minutos ouvi a campainha e fui abrir a porta. Quando a abri observei-te com uma caixa de chocolates a olhar para mim com esses teus lindos olhos.
Disse para entrares, desculpei-me pelo facto de estar de pijama.
Não disseste nada, porém, estavas a rir, o que me fez perceber que não tinha mal estar assim vestida.
Fomos para o sofá, entregaste-me a caixa que trazias contigo e disseste-me "são para ti". Agradeci-te e coloquei os chocolates na mesa que se encontrava atrás de nós.
Pedi-te para me contares o que tinha acontecido e tu disseste "desculpa não ter dito nada, achava que estava a gostar de ti e queria ter a certeza disso...se não tivesse saudades é porque estaria enganado". Eu perguntei-te "tiveste saudades?" e tu respondeste "estou aqui, o que achas?".
Não consegui pensar em mais nada e beijei-te.
Foi um beijo tão intenso, tão demorado, tão cheio de sentimento...
Afastei-me, talvez tenha sido demasiado precipitada, pensava eu.
Sorriste, como forma de aprovação e voltei a beijar-te.
Estava a ficar tarde e nós continuávamos ali a trocar beijos, até que um de nós puxou o cobertor que estava no outro sofá e o meteu por cima de ambos.
Estivemos um tempo agarrados um ao outro, até que acabamos por adormecer...
domingo, 20 de agosto de 2017
Um café num dia frio
Tínhamos combinado estar juntos no dia seguinte e como prometido lá estava eu a sair de casa para ir ter contigo.
Não vale a pena voltar a dizer que estava ansiosa e nervosa por ir encontrar-me contigo, porque isso já era mais que óbvio.
Tinha acabado de vestir as minhas calças pretas e a camisola cor-de-rosa quando me apercebi que estava um pouco de frio lá fora. Fui num instante buscar ao armário o meu casaco, peguei numa mala e no telemóvel e saí de casa.
Andei uns dez minutos até chegar ao jardim, quando lá cheguei reparei logo que tu já lá estavas.
Tinhas vestido umas calças de ganga escuras e uma camisola branca e não tinhas nenhum casaco. A primeira coisa em que pensei foi em como estava frio e tu ali sem um único casaco...será que tinhas frio?
Aproximei-me de ti, tu levantaste-te, olhas-te para mim e disseste "estás tão bonita!". Eu sorri e agradeci-te.
Cumprimentaste-me com dois beijos, um em cada lado da face, porém, um deles foi muito perto dos meus lábios.
Corei e lancei-te um sorriso meio envergonhado.
Desta vez não nos sentamos.
Perguntaste-me se gostava de ir tomar um café contigo e eu sem hesitar respondi imediatamente que sim.
Existia ali perto um café onde eu costumava ir com as minhas amigas e onde serviam um café maravilhoso, por isso, decidimos lá ir.
Quando lá chegamos, escolhemos uma mesa um pouco afastada das outras para que pudéssemos ficar mais à vontade.
Veio logo ter connosco uma senhora, devia andar na casa dos quarenta anos, que nos perguntou o que queríamos pedir.
Ambos pedimos um café e pouco depois a senhora que nos tinha atendido poucos minutos antes trouxe-nos o nosso pedido.
Conversamos durante tanto tempo que só saímos dali quando nos disseram que iam fechar.
Tinha de ir para casa, já estava a ficar tarde e no dia seguinte tinha de acordar cedo, então despedi-me de ti. Dei-te um único beijo na bochecha e disse-te "gostei imenso desta tarde".
Tu retribuis-te o beijo, beijando-me no canto dos lábios.
Olhaste para mim e disseste "eu também gostei muito desta tarde" e foste-te embora.
Fiquei ali sem reação, só conseguia pensar que me tinhas beijado e que não tinha sido na bochecha.
Sabia que estava a começar a gostar de ti, mas até onde podia eu gostar de ti!?
Não vale a pena voltar a dizer que estava ansiosa e nervosa por ir encontrar-me contigo, porque isso já era mais que óbvio.
Tinha acabado de vestir as minhas calças pretas e a camisola cor-de-rosa quando me apercebi que estava um pouco de frio lá fora. Fui num instante buscar ao armário o meu casaco, peguei numa mala e no telemóvel e saí de casa.
Andei uns dez minutos até chegar ao jardim, quando lá cheguei reparei logo que tu já lá estavas.
Tinhas vestido umas calças de ganga escuras e uma camisola branca e não tinhas nenhum casaco. A primeira coisa em que pensei foi em como estava frio e tu ali sem um único casaco...será que tinhas frio?
Aproximei-me de ti, tu levantaste-te, olhas-te para mim e disseste "estás tão bonita!". Eu sorri e agradeci-te.
Cumprimentaste-me com dois beijos, um em cada lado da face, porém, um deles foi muito perto dos meus lábios.
Corei e lancei-te um sorriso meio envergonhado.
Desta vez não nos sentamos.
Perguntaste-me se gostava de ir tomar um café contigo e eu sem hesitar respondi imediatamente que sim.
Existia ali perto um café onde eu costumava ir com as minhas amigas e onde serviam um café maravilhoso, por isso, decidimos lá ir.
Quando lá chegamos, escolhemos uma mesa um pouco afastada das outras para que pudéssemos ficar mais à vontade.
Veio logo ter connosco uma senhora, devia andar na casa dos quarenta anos, que nos perguntou o que queríamos pedir.
Ambos pedimos um café e pouco depois a senhora que nos tinha atendido poucos minutos antes trouxe-nos o nosso pedido.
Conversamos durante tanto tempo que só saímos dali quando nos disseram que iam fechar.
Tinha de ir para casa, já estava a ficar tarde e no dia seguinte tinha de acordar cedo, então despedi-me de ti. Dei-te um único beijo na bochecha e disse-te "gostei imenso desta tarde".
Tu retribuis-te o beijo, beijando-me no canto dos lábios.
Olhaste para mim e disseste "eu também gostei muito desta tarde" e foste-te embora.
Fiquei ali sem reação, só conseguia pensar que me tinhas beijado e que não tinha sido na bochecha.
Sabia que estava a começar a gostar de ti, mas até onde podia eu gostar de ti!?
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Tinha-te prometido...
Tinha-te dito no dia anterior que estaria no jardim e lá estava eu, tal como prometido.
Estava tão nervosa, achei engraçado porque no dia anterior não estava tanto como agora.
Estava ansiosa por voltar a ver-te, por ver novamente esse belo sorriso que tens.
Poucos minutos depois lá vinhas tu.
Levantei-me apressadamente do banco e cumprimentei-te com dois beijos seguidos de um abraço, um pouco mais demorado do que aquilo que eu estava à espera. Sinceramente, confesso que gostei que tivesse durado mais tempo do que aquilo que eu esperava.
Estivemos horas a fio a conversar sobre assuntos completamente banais.
Achava-te um rapaz interessante e engraçado. Sentia que podia falar contigo sobre qualquer assunto que quisesse e isso era fantástico.
Eras um bom conversador, mas também um ótimo ouvinte, o que é raro atualmente.
Confesso que existiram momentos em que olhava para os teus olhos, depois para os teus lábios e só me dava vontade de te beijar, porém, depois lembrava-me de que éramos apenas amigos. Amigos que se conheciam à apenas dois dias e sabia que tinha de afastar tais ideias do meu pensamento.
O nervosismo já tinha passado, nem tinha dado conta.
Contigo parecia tudo tão natural, tão simples. Era essa simplicidade que tornava as coisas ainda mais bonitas e encantadoras.
Pediste-me o meu número de telemóvel e eu dei-to. Disseste que depois me irias enviar uma mensagem.
Para minha tristeza estava na hora de ires embora.
Despediste-te de mim tal e qual como no dia anterior.
Quando os nossos corpos se separaram no fim daquele abraço, olhei-te nos olhos um pouco nervosa e disse "talvez não deveria dizer-te isto, mas a verdade é que me tens dado a volta à cabeça". Sorriste, disseste-me "fizeste bem em dizer-me, porque tu não sais do meu pensamento" e viras-te costas, deixando-me ali a observar-te ir.
Eram onze e meia da noite quando me fui deitar, estava exausta.
Esperei meia hora por uma mensagem tua, mas foi uma espera em vão.
Meia noite, decidi pousar o telemóvel em cima da mesinha de cabeceira.
Tentei adormecer, contudo, não estava a conseguir.
Virei-me para um lado, virei-me para o outro e nada.
Uns minutos depois, o ecrã do meu telemóvel acendeu, peguei nele e reparei que me tinhas enviado uma mensagem na qual tinhas escrito "amanhã à mesma hora, no mesmo sítio, dorme bem, beijinhos".
Eu ainda não tinha o número dele guardado, porém, eu sabia que era ele.
Soltei um riso parvo e respondi-lhe "combinado, dorme bem, beijinhos".
Fiquei feliz por ele não se ter esquecido.
Parece incrível, mas mal fechei os olhos adormeci logo...
Estava tão nervosa, achei engraçado porque no dia anterior não estava tanto como agora.
Estava ansiosa por voltar a ver-te, por ver novamente esse belo sorriso que tens.
Poucos minutos depois lá vinhas tu.
Levantei-me apressadamente do banco e cumprimentei-te com dois beijos seguidos de um abraço, um pouco mais demorado do que aquilo que eu estava à espera. Sinceramente, confesso que gostei que tivesse durado mais tempo do que aquilo que eu esperava.
Estivemos horas a fio a conversar sobre assuntos completamente banais.
Achava-te um rapaz interessante e engraçado. Sentia que podia falar contigo sobre qualquer assunto que quisesse e isso era fantástico.
Eras um bom conversador, mas também um ótimo ouvinte, o que é raro atualmente.
Confesso que existiram momentos em que olhava para os teus olhos, depois para os teus lábios e só me dava vontade de te beijar, porém, depois lembrava-me de que éramos apenas amigos. Amigos que se conheciam à apenas dois dias e sabia que tinha de afastar tais ideias do meu pensamento.
O nervosismo já tinha passado, nem tinha dado conta.
Contigo parecia tudo tão natural, tão simples. Era essa simplicidade que tornava as coisas ainda mais bonitas e encantadoras.
Pediste-me o meu número de telemóvel e eu dei-to. Disseste que depois me irias enviar uma mensagem.
Para minha tristeza estava na hora de ires embora.
Despediste-te de mim tal e qual como no dia anterior.
Quando os nossos corpos se separaram no fim daquele abraço, olhei-te nos olhos um pouco nervosa e disse "talvez não deveria dizer-te isto, mas a verdade é que me tens dado a volta à cabeça". Sorriste, disseste-me "fizeste bem em dizer-me, porque tu não sais do meu pensamento" e viras-te costas, deixando-me ali a observar-te ir.
Eram onze e meia da noite quando me fui deitar, estava exausta.
Esperei meia hora por uma mensagem tua, mas foi uma espera em vão.
Meia noite, decidi pousar o telemóvel em cima da mesinha de cabeceira.
Tentei adormecer, contudo, não estava a conseguir.
Virei-me para um lado, virei-me para o outro e nada.
Uns minutos depois, o ecrã do meu telemóvel acendeu, peguei nele e reparei que me tinhas enviado uma mensagem na qual tinhas escrito "amanhã à mesma hora, no mesmo sítio, dorme bem, beijinhos".
Eu ainda não tinha o número dele guardado, porém, eu sabia que era ele.
Soltei um riso parvo e respondi-lhe "combinado, dorme bem, beijinhos".
Fiquei feliz por ele não se ter esquecido.
Parece incrível, mas mal fechei os olhos adormeci logo...
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Apenas dois desconhecidos
Lembro-me que nos dias seguintes passei por lá, somente para te puder ver novamente.
A verdade é que voltei a encontrar-te lá.
Naquela altura não reparavas em mim, na pessoa que estava sentada naquele banco mesmo à frente dos teus olhos, pensava eu.
Tornou-se num hábito, todos os dias depois das duas da tarde lá estávamos nós, duas almas solitárias a vaguear pelo jardim da cidade.
Depois cada um se sentava no "seu banco" e ficávamos apenas a observar a beleza da natureza.
Os dias passaram e as coisas foram mudando.
Fomos trocando olhares e sorrisos envergonhados.
Nunca trocávamos uma única palavra sequer.
Parecia que me estava a apaixonar por algo que desconhecia, por ti.
Era impossível, não podia estar a apaixonar-me...nem te conhecia, éramos simplesmente dois desconhecidos que trocavam olhares e sorrisos. "Só isso", pensava eu para mim.
Os dias foram passando e a rotina era sempre a mesma.
Até ao dia em que me apercebi que estava sozinha no jardim. Esperei um pouco, na esperança de que tu ainda fosses aparecer.
No momento em que estava a pensar ir-me embora, tu apareceste e sentaste-te ao meu lado.
Olhaste para mim e disseste uma única palavra "olá", sorri e disse-te "olá".
Ficamos ambos calados, olhávamos um para o outro um pouco envergonhados.
Estava um silêncio absoluto, quando finalmente quebraste esse momento silencioso e me disseste "tornaste-te no meu hábito, todos os dias venho até aqui para ver se te vejo". Só conseguia sorrir, tinhas-me deixado sem saber o que dizer, coisa que raramente acontece.
Foi então que decidi começar a falar também e disse "um dia estava a passar por aqui e vi-te, até hoje tenho vindo sempre aqui para te ver".
Tu sorriste e aí apercebi-me de como o teu sorriso era lindo.
Ficamos a falar horas e horas, mas tinha chegado o momento de cada um voltar para sua casa. Deste-me um abraço e beijaste-me suavemente a bochecha. Afastaste-te lentamente, olhaste para trás e disseste-me "gostei de te conhecer, amanhã cá estarei novamente à tua espera", só consegui pronunciar duas palavras "cá estarei".
Sentei-me no banco e observei-te a ir embora.
Quando deixei de te ver, fiquei a pensar no que se tinha acabado de passar...tinha conhecido finalmente "o tal rapaz desconhecido".
Olhei para as nuvens, fechei os olhos e pensei para mim "não me quero apaixonar, mas aquele sorriso...ai aquele sorriso já me deu a volta à cabeça".
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
És o melhor
Liguei o candeeiro que estava do meu lado direito em cima da mesinha de cabeceira. Olhei para ti para ver se não acordavas por causa da luz, mas nem deste por nada.
Levantei-me devagarinho, sem fazer barulho e sentei-me na cama.
Abri uma gaveta da mesinha de cabeceira e retirei um livro, "A Culpa é das Estrelas".
Não era para o ler, porque já conheço a história de trás para a frente, visto que já o li mais de três vezes.
Comecei a folhear uma folha de cada vez e fui escrevendo num pequeno bloco de notas amarelo as frases que achava mais interessantes e bonitas.
Apenas porque não conseguia adormecer e estava sem nada para fazer.
Passado um tempo, olhei para o despertador e reparei que já eram duas e meia da manhã.
Coloquei o livro na gaveta e voltei a deitar-me.
Olhei para ti e não tens noção do sorriso que tinha estampado na cara.
"És o rapaz mais bonito que já vi", disse eu baixinho.
És tão querido a dormir, parece parvo, mas é a verdade.
Quando pensei que tinhas parado de ressonar começaste outra vez, soltei uma gargalhada e fiquei com medo que isso te fizesse despertar do sono. Felizmente, isso não aconteceu, continuavas a dormir calmamente.
Comecei a falar de ti, do facto de me fazeres tão feliz.
Não sei que ideia foi aquela, tu não me estavas a ouvir, mesmo assim continuei a falar.
Acabei com a frase "és o melhor, gosto muito de ti", tendo dito aquilo, desliguei o candeeiro e tentei adormecer.
Oito e meia da manhã, o despertador toca, felizmente, é domingo, podemos dormir até mais tarde.
Onze horas, desperto do sono, olho para o lado e reparo que o teu lugar já está vazio.
Decido levantar-me e ir ver onde estás. Quando vou a sair do quarto, tu apareces dizes-me bom dia acompanhado com um enorme sorriso e abraças-me fortemente.
Disse-te bom dia e sorri também.
Disseste-me ao ouvido "tu é que és a melhor e eu também gosto muito de ti".
Não estava a perceber porque tinhas dito aquilo, ainda estava meia a dormir, até que me lembrei do que te tinha dito durante a noite.
Olhei para ti e perguntei "como sabes o que te disse se estavas a dormir?" e tu respondeste "eu estava a dormir, mas ouvi o teu riso e acordei, depois começaste a falar e eu fingi estar a dormir para que não desses conta que eu estava acordado e para te puder ouvir".
Simplesmente sorri, beijei-te amavelmente e disse "amo-te meu parvinho".
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
É incrível
Está um dia cinzento, as nuvens escuras preenchem o céu, as folhas das árvores mexem-se dum lado para o outro por causa do vento, vê-se pouca gente na rua, também não era de esperar outra coisa, visto que o tempo está assim.
Este tempo quase que obriga as pessoas a ficarem em casa. Fico com pena de quem tem de sair, para ir à escola ou trabalhar, ninguém merece tal coisa.
Sabes o que tornava este dia perfeito? Estares aqui comigo. Só tu e eu, debaixo de um cobertor, apenas com a roupa que trazemos vestida a separar os nossos corpos. Podíamos ver um filme, mas sabes que durante esse tempo eu não resistiria a esses teus lábios que me dão "dores de cabeça" e te tornam ainda mais irresistível meu amor.
Esse teu charme chega a irritar-me, porque faz-me imaginar mil e uma coisas e tento conter-me.
Como eu te odeio, "tens a mania" porque sabes que não te resisto, que me perco nesses teus lindos olhos, no teu belo sorriso e no teu encanto.
Mas que hei-de eu fazer, estou apaixonada por ti, não tenho culpa que causes este efeito em mim.
Estava a dizer que poderíamos ver um filme, porém, comecei a falar de ti e perdi-me...
Poderia estar o dia todo a falar de ti, sei que não me iria aborrecer.
Já reparaste que comecei por falar no tempo e acabei por tornar isto sobre ti?
Causas em mim algo sensacional que nunca ninguém causou, é incrível.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Duas da manhã
Á noite, quando me deito, o meu cérebro é preenchido por centenas de pensamentos.
É nesta altura em que penso sobre um pouco de tudo.
Aprendi que os dias devem ser vividos um de cada vez e que cada um deles deve ser aproveitado ao máximo, como se o amanhã não existisse.
Apesar de ter aprendido isso, não quer dizer que não possa imaginar cenários para o futuro.
A verdade é que eu desejo um futuro contigo.
Não vou alargar muito mais as minhas palavras sobre o futuro que desejo ter ao teu lado, porque acho que há coisas que só nós devemos saber.
Reflito também sobre o dia que acabou, penso em tudo o que se passou e no que poderia ter feito melhor.
Acho que é importante ás vezes pararmos bocadinho no tempo e refletirmos um pouco.
Durante a noite, é quando me surgem mais ideias. Por exemplo, a maioria dos textos que escrevo são todos à noite, é esses momentos em que a minha inspiração está no seu auge.
Isto sou eu, com outras pessoas pode ser diferente, é claro.
As pessoas hoje em dia vivem apressadas, numa pressa constante...eu sei que a vida pode obrigar-nos a isso por vezes, mas tenham calma!
Se assim permanecerem, um dia, irão olhar para trás e perceber que podiam ter vivido a vida com um pouco mais de calma. Aproveitem os momentos, relaxem. Não vale a pena viver com pressa, dessa forma nem conseguirão aproveitar as coisas boas em condições.
Vive com calma e no futuro terás recordações fantásticas.
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