Liguei o candeeiro que estava do meu lado direito em cima da mesinha de cabeceira. Olhei para ti para ver se não acordavas por causa da luz, mas nem deste por nada.
Levantei-me devagarinho, sem fazer barulho e sentei-me na cama.
Abri uma gaveta da mesinha de cabeceira e retirei um livro, "A Culpa é das Estrelas".
Não era para o ler, porque já conheço a história de trás para a frente, visto que já o li mais de três vezes.
Comecei a folhear uma folha de cada vez e fui escrevendo num pequeno bloco de notas amarelo as frases que achava mais interessantes e bonitas.
Apenas porque não conseguia adormecer e estava sem nada para fazer.
Passado um tempo, olhei para o despertador e reparei que já eram duas e meia da manhã.
Coloquei o livro na gaveta e voltei a deitar-me.
Olhei para ti e não tens noção do sorriso que tinha estampado na cara.
"És o rapaz mais bonito que já vi", disse eu baixinho.
És tão querido a dormir, parece parvo, mas é a verdade.
Quando pensei que tinhas parado de ressonar começaste outra vez, soltei uma gargalhada e fiquei com medo que isso te fizesse despertar do sono. Felizmente, isso não aconteceu, continuavas a dormir calmamente.
Comecei a falar de ti, do facto de me fazeres tão feliz.
Não sei que ideia foi aquela, tu não me estavas a ouvir, mesmo assim continuei a falar.
Acabei com a frase "és o melhor, gosto muito de ti", tendo dito aquilo, desliguei o candeeiro e tentei adormecer.
Oito e meia da manhã, o despertador toca, felizmente, é domingo, podemos dormir até mais tarde.
Onze horas, desperto do sono, olho para o lado e reparo que o teu lugar já está vazio.
Decido levantar-me e ir ver onde estás. Quando vou a sair do quarto, tu apareces dizes-me bom dia acompanhado com um enorme sorriso e abraças-me fortemente.
Disse-te bom dia e sorri também.
Disseste-me ao ouvido "tu é que és a melhor e eu também gosto muito de ti".
Não estava a perceber porque tinhas dito aquilo, ainda estava meia a dormir, até que me lembrei do que te tinha dito durante a noite.
Olhei para ti e perguntei "como sabes o que te disse se estavas a dormir?" e tu respondeste "eu estava a dormir, mas ouvi o teu riso e acordei, depois começaste a falar e eu fingi estar a dormir para que não desses conta que eu estava acordado e para te puder ouvir".
Simplesmente sorri, beijei-te amavelmente e disse "amo-te meu parvinho".
Sem comentários:
Enviar um comentário