Tinha-te dito no dia anterior que estaria no jardim e lá estava eu, tal como prometido.
Estava tão nervosa, achei engraçado porque no dia anterior não estava tanto como agora.
Estava ansiosa por voltar a ver-te, por ver novamente esse belo sorriso que tens.
Poucos minutos depois lá vinhas tu.
Levantei-me apressadamente do banco e cumprimentei-te com dois beijos seguidos de um abraço, um pouco mais demorado do que aquilo que eu estava à espera. Sinceramente, confesso que gostei que tivesse durado mais tempo do que aquilo que eu esperava.
Estivemos horas a fio a conversar sobre assuntos completamente banais.
Achava-te um rapaz interessante e engraçado. Sentia que podia falar contigo sobre qualquer assunto que quisesse e isso era fantástico.
Eras um bom conversador, mas também um ótimo ouvinte, o que é raro atualmente.
Confesso que existiram momentos em que olhava para os teus olhos, depois para os teus lábios e só me dava vontade de te beijar, porém, depois lembrava-me de que éramos apenas amigos. Amigos que se conheciam à apenas dois dias e sabia que tinha de afastar tais ideias do meu pensamento.
O nervosismo já tinha passado, nem tinha dado conta.
Contigo parecia tudo tão natural, tão simples. Era essa simplicidade que tornava as coisas ainda mais bonitas e encantadoras.
Pediste-me o meu número de telemóvel e eu dei-to. Disseste que depois me irias enviar uma mensagem.
Para minha tristeza estava na hora de ires embora.
Despediste-te de mim tal e qual como no dia anterior.
Quando os nossos corpos se separaram no fim daquele abraço, olhei-te nos olhos um pouco nervosa e disse "talvez não deveria dizer-te isto, mas a verdade é que me tens dado a volta à cabeça". Sorriste, disseste-me "fizeste bem em dizer-me, porque tu não sais do meu pensamento" e viras-te costas, deixando-me ali a observar-te ir.
Eram onze e meia da noite quando me fui deitar, estava exausta.
Esperei meia hora por uma mensagem tua, mas foi uma espera em vão.
Meia noite, decidi pousar o telemóvel em cima da mesinha de cabeceira.
Tentei adormecer, contudo, não estava a conseguir.
Virei-me para um lado, virei-me para o outro e nada.
Uns minutos depois, o ecrã do meu telemóvel acendeu, peguei nele e reparei que me tinhas enviado uma mensagem na qual tinhas escrito "amanhã à mesma hora, no mesmo sítio, dorme bem, beijinhos".
Eu ainda não tinha o número dele guardado, porém, eu sabia que era ele.
Soltei um riso parvo e respondi-lhe "combinado, dorme bem, beijinhos".
Fiquei feliz por ele não se ter esquecido.
Parece incrível, mas mal fechei os olhos adormeci logo...
Sem comentários:
Enviar um comentário