domingo, 27 de agosto de 2017

Ultrapassar limites

Imagem relacionadaAcordei com a luz a entrar pela janela, olhei para o lado e não te vi.
Onde te havias metido?
Fui até à cozinha e lá estavas tu a fazer o pequeno-almoço para nós.
Fui ter contigo, disse bom dia e beijei-te.
Só aí me apercebi de como as coisas estavam a acontecer tão depressa entre nós. Tinhas passado a noite em minha casa, tomaste a iniciativa de ir fazer o pequeno-almoço e mal acordei fui logo beijar-te, como se nos conhecêssemos á imenso tempo. Nem sequer éramos namorados e as coisas já estavam desta maneira...
O mais engraçado é que nada estava a ser forçado, acontecia tudo tão naturalmente.
Estava a gostar mesmo de ti e sentia que tu também partilhavas o mesmo sentimento, o que era bastante bom.
Apetecia-me passar o dia todo em casa, contigo...mas não podia. Ou será que podia?
Tomamos o pequeno-almoço e voltamos para o sofá.
O cobertor que nos tinha coberto na noite anterior encontrava-se agora no chão.
Encostei-me a ti, deitei a minha cabeça no teu peito e ficamos em silêncio.
De vez em quando olhava para ti e sorria. Sorria simplesmente, sem nenhuma razão aparente.
Tu com esses teus lábios, que já conheciam tão bem os meus, formavas o mais lindo sorriso que havia visto e deixavas-me maravilhada.
Por vezes pensava que era uma rapariga sortuda. Qualquer rapariga poderia estar no meu lugar, ao teu lado, mas quem estava era eu e isso fazia-me pensar que era sortuda.
És um rapaz tão único, tão carinhoso, tão romântico.
Não queria que aquele dia acabasse, desejava que nunca mais chegasse ao fim para que não tivesse de te ver ir embora, mais uma vez.
Olhei novamente para ti e perguntei-te se não tinhas nada para fazer, tu respondeste que não tinhas, porém, mesmo que tivesses não irias deixar-me para fazer fosse o que fosse.
Achei bastante querido o facto de teres dito aquilo, mas quero que saibas que quando tiveres algo para fazer podes ir fazê-lo, não há problema e eu não vou ficar chateada contigo.
Quando demos conta já tinha passado a hora do almoço e já eram quase cinco da tarde. É incrível como o tempo ao teu lado passava tão, mas tão rápido.
Fui à coisa buscar qualquer coisa para comermos e voltei para a sala.
Liguei a televisão e ficamos ali até à hora do jantar.
Quando me ia levantar para ir preparar o jantar tu disseste-me que me irias ajudar, eu aceitei a ajuda e fomos os dois para a cozinha.
Passaste mais tempo a distrair-me e a beijar-me do que a ajudar a cozinhar.
Quando jantamos arrumei a cozinha e fui ter contigo à sala.
Chamei-te para vires para o meu quarto.
Tu estavas um pouco reticente, não querias que eu pensasse que estavas a ultrapassar dos limites. Porquê que haveria de pensar isso se eu própria queria que ultrapassasses esses limites!?
Felizmente, consegui convencer-te.
Agarrei a tua mão e puxei-te até ao meu quarto.
Entrei e beijei-te. Beijei-te como nunca te havia beijado antes.
Beijaste-me e guiaste-me até à minha própria cama, onde me deitei e esperei por voltar a ter os teus lábios junto aos meus.
Depois disso, passamos por vários momentos carinhosos e muitas trocas de carinho.
Adormecemos, sem roupa. Somente um lençol nos cobria...

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