quinta-feira, 18 de julho de 2019
O Guitarrista- Parte 5
Eram sete e meia da manhã quando ouvi o despertador a tocar. Levantei-me da cama e comecei a preparar-me para sair de casa mais ou menos ás oito e meia. Antes de ir diretamente para o trabalho passei pelo sítio onde te tinha encontrado no dia anterior, mas já não estavas lá. Agora, o sítio onde tinhas estado era apenas um sítio vazio. Fiquei um pouco desanimada porque pensei que nunca mais irias querer ver-me e muito menos estar comigo, contudo, tentei esquecer todas essas preocupações e segui para o trabalho. Quando entrei no escritório tentei concentrar-me apenas no trabalho, mas não estava a ser uma tarefa muito fácil porque não te conseguia tirar do meu pensamento. Tentei distrair-me e colocar uma música baixinho enquanto continuava a organizar os documentos, porém isso também não ajudou. Nada estava a ajudar-me a esquecer-te e confesso que comecei a ficar um pouco irritada ao pensar na atitude que tinhas tido na noite anterior. Quando me acalmei tentei pensar numa boa justificação para aquilo que tinhas feito e tentei acreditar que deverias ter os teus motivos para tal, porém precisava de te ouvir a explicar-me o porquê de teres saído de rompante do meu apartamento. Quando saí do trabalho fui logo para casa, subi as escadas e enquanto estava à procura das chaves vi que estavas encostado à porta de minha casa. Aproximei-me de ti e antes de começar a falar tu pediste-me desculpa pela atitude da noite anterior. Disseste-me que tinhas ficado a pensar que eu não queria que me beijasses, então, pensaste que o melhor seria pedir desculpa e ir embora o mais rápido possível. Olhei-te nos olhos, agarrei nas tuas mãos e estava prestes a dizer-te que estava tudo bem, que queria que me tivesses continuado a beijar e que não precisavas de te ter ido embora daquela maneira, porém esqueci-me de todas essas coisas que te queria dizer e beijei-te. Senti os teus suaves lábios a tocar nos meus, as tuas mãos a deixarem as minhas e a agarrarem-me na cintura. Senti-te a puxares-me para ti tal como na noite anterior, contudo, de forma muito mais intensa. Estávamos encostados contra a porta de minha casa a beijarmo-nos como se nos desejássemos à imenso tempo, mas na realidade só nós tínhamos conhecido no dia anterior. Impedi-te de me beijares apenas por uns minutos para poder abrir a porta e quando finalmente consegui lá entramos em minha casa.
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