segunda-feira, 29 de julho de 2019
O Guitarrista- Parte 8
A noite anterior tinha sido uma das noites mais românticas da minha vida, tinha estado com a pessoa pela qual me estava a apaixonar, sim eu estava a apaixonar-me por ele e como isso não bastava ainda acordei ao lado dele. Tinhas os braços à minha volta e eu sentia-me protegida. Queria mexer-me para poder olhar para ti de frente, mas se o fizesse sabia que o mais certo era acordar-te e como não o queria fazer decidi dormir mais um pouco. Ainda era um pouco cedo e era sábado, por isso, podia voltar a dormir sem ter de me preocupar com o trabalho. Fechei os olhos e tentei adormecer. Dormi quase mais duas horas e quando acordei já não estavas no quarto. Confesso que inicialmente fiquei um pouco assustada porque pensei que te tinhas ido embora, porém fiquei arrependida de ter pensado nisso quando te vi a sair da casa de banho e a entrar no quarto. Quando te vi fiquei mais calma e senti um pequeno sorriso a formar-se nos meus lábios. Vieste-te deitar e disseste-me "bom dia" juntamente com um sorriso caloroso. Disse-te também bom dia e perguntei-te se tinhas gostado da noite anterior. Tu olhaste para mim e disseste "pensei que nem era preciso perguntares isso, é claro que gostei da noite de ontem, passei-a contigo". Tapei a cara com as duas mãos para esconder a vergonha que estava a sentir naquele momento e tu, a rir, retiraste as minhas mãos da cara chamando-me parvinha. Dei-te uma palmada leve no braço e tu fizeste-me um olhar que transparecia as seguintes palavras: "não me provoques senão vais ter retorno". Pus a língua de fora de forma a irritar-te e tu disseste "para teu bem é melhor parares com isso". Eu não quis saber daquilo que tinhas acabado de dizer e chamei-te parvo escondendo-me imediatamente debaixo dos lençóis. Tentaste puxar o lençol para cima e quando o conseguiste fazer eu fiquei a olhar perplexa para ti à espera que fizesses alguma coisa. Olhaste para mim, colocaste a tua mão na minha face, disseste-me "eu disse-te que era melhor teres parado..." e eu perguntei "porquê?" e nesse momento senti os teus lábios nos meus com uma rapidez tremenda. Deste-me um beijo demorado e intenso e a seguir deitaste a cabeça na almofada proferindo a seguinte palavra demasiado baixinho pensando que eu não iria ouvir: "amo-te". Fiquei paralisada ao ouvir aquelas palavras. Fiquei imóvel na cama e depois de algum tempo levantei-me e dirigi-me à janela. Ficaste a observar cada um dos meus movimentos e foste ter comigo porque percebeste que se passava alguma coisa. Aproximaste-te de mim, colocaste os braços à volta da minha cintura por trás de mim e perguntaste-me se estava tudo bem. Virei-me para ti ainda com os teus braços em volta de mim e disse-te "disseste que me amavas". Retiraste os braços de mim e afastaste-te envergonhado dizendo que não tinhas dito nada. Olhei para ti confusa e disse "disseste sim". Os teus olhos voltaram a encontrar os meus e disseste-me "olha, sim eu disse que te amo, eu sei que não sentes o mesmo por mim, por isso, esquece...". Fui ter contigo, abracei-te sem dizer uma única palavra e depois de olhar para os teus lindos olhos castanhos disse "sabes, estás redondamente enganado porque eu também te amo". Sorrimos por sabermos que aquilo que sentíamos era mútuo e a seguir voltámos a beijar-nos como prova de que aquilo era real.
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