Talvez me encontres sentada num banco de jardim sem saber para onde ir ou o que fazer. Nessa altura poderei não ser a pessoa que era quando nos conhecemos, mas a vida muda-nos e eu não sei se mudarei.
Está tudo tão incerto e eu sinto-me tão confusa que, por vezes, venho até aqui e fico sentada neste banco a pensar em tudo o que me deixa desta maneira. Já não sei quem gosta ou não de mim, o tempo transformou as pessoas que eu conhecia em monstros e este lado tão mau de quem eu achava que conhecia deixa-me triste. Talvez estivessem todos a usar uma máscara durante imenso, no entanto, agora caiu. Estão todos a mudar e eu? Eu acho que também estou a mudar, o tempo e as pessoas mudaram-me e, sinceramente, não sei se gosto mais de quem fui ou de quem sou neste momento.
E tu por onde andas? Já não te vejo à muito tempo, sinto a tua falta, mas não sei se tu sentes o mesmo. Se agora me conhecesses irias dizer-me que gostavas mais de quem eu era antigamente e dir-me-ias que sentes falta do meu velho eu, porém eu tinha de mudar. Este mundo passa a vida a deitar-nos abaixo e nós temos de fazer seja o que for para nos voltarmos a erguer. Se não te tornares numa pessoa forte vais sair magoado e acabarás num sofrimento inimaginável. Calma, calma. Nem tudo é mau e certamente que vais encontrar algo de bom neste mundo, contudo, quis informar-te de que nem tudo é bom e que existem coisas más.
Ontem estava a remexer numas caixas que estavam no sótão e encontrei umas fotografias nossas. Naquela altura éramos tão felizes juntos, mas hoje já nem falamos. Deixamos de falar e o tempo encarregou-se de nos separar cada vez mais.
Quem me dera puder culpar o tempo por tudo aquilo que nos aconteceu, a nós e aos outros, porém não posso fazer isso porque a culpa é de cada um de nós...
Sem comentários:
Enviar um comentário